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segunda-feira, 7 de abril de 2008

"Hatari!", de Howard Hawks (trailer)

Hatari!, de Howard Hawks, me persegue desde 1963, quando o vi pela primeira vez, adolescente, na inauguração do Bruni Flamengo. A partitura de Henri Mancini ficou no ouvido de todos, com uma música em versão brasileira ("a pata do elefantinho"). Hatari! é simplesmente uma maravilha, e, como disse François Truffaut, atendeu ao desejo de Hawks de caçar e de filmar. Rodado in loco, na África, é um filme hawksiano por excelência. Um grupo de caçadores de várias nacionalidades se encontra neste continente para caçar animais selvagens para os jardins zoológicos de seus países. Mas o fantástico em Hatari! é que Hawks pontua o filme com as esperas, sendo estas os momentos nos quais aproveita para observar o comportamento dos homens. Com John Wayne, Red Buttons, entre tantos, e a especial presença da italiana Elsa Martinelli, um mulherão, como se dizia antigamente. Considero Hatari! um caviar. Um dos grandes momentos do cinema.
Hawks, autor de filmes, tem um universo ficcional bem próprio repartido entre as suas comédias loucas e seus filmes aventureiros ou westerns. Em Onde começa o inferno (Rio Bravo, 1959), apesar de western, a chamada ação transcorre, na sua maior parte, dentro de uma delegacia. Em Hatari!, durante a espera das caçadas. Nestes momentos de calma é que emergem os personagens hawksianos. O final de Hatari! é extremamente demolidor. E este trailer, que se encontra aqui, no retângulo abaixo, é uma beleza de trailer.


Um comentário:

Jonga Olivieri disse...

Considero a trilha sonora de "Hatari" um ponto alto de Henry Mancini. O filme em si é uma aventura de John Wayne na África. Uma coisa tão despretenciosa do quanto "Fúria no Alaska".
Mas, olha, a combinação cenas de savana + música de Mancini, somando-se à belezoca "italianinha" de Elsa Martinelli, sai da frente, culminou num coquetel de fino gosto.
Pena que Red Buttons me lembre demais o presidente "canastrão" George W. Bush... mas tínhamos também a jovem promessa Hardy Krüger, que, creio não decolou o quanto se esperava e o francês promissor que até acabei de reler o nome no trailer, mas que já esqueci. Este, morreu na praia.
Mas, gosto demais das cenas da caçada, como a do rinoceronte, e o jeito meio "sem jeito" do velho Duke tentando ser romântico com Elsinha, a bela e infanto-juvenil Elsinha Martinelli. Uaaaauuuu!!!
Pelo menos, "La Capucini" segurou melhor (êêêpaaa, quero dizer a cena) em "North of Alaska".

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