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quinta-feira, 8 de maio de 2008

"Picnic", de Joshua Logan

Quem viveu os anos 50 está marcado, definitivamente, pelas belas imagens de Férias de amor (Picnic), de Joshua Logan (que logo faria Nunca fui santa/Bus stop, um dos melhores trabalhos de Marilyn Monroe, Sayonara, sensível melodrama com Marlon Brando, etc). Com roteiro de Daniel Taradash, baseado numa pela de William Inge, Picnic cativou quase todos os cinéfilos que tinham a capacidade de se emocionar (alguns, nem isto têm). William Holden é o forasteiro que chega (o estrépito da porta do trem que se fecha é um achado para fazer a apresentação dos créditos) a uma cidadezinha interiorana dos Estados Unidos bem conservadora, bem pacata exteriormente. Surge como o elemento deflagrador que desperta as fantasias e os desejos recônditos de seus habitantes a partir mesmo de sua estrutura física e, de forma absoluta, quando vem a contrariar os planos estabelecidos. Apaixona-se por Kim Novak, que está noiva do filho (Clift Robertson) do milionário da região. A ação dessa obra, de alta intensidade de beleza, transcorre durante o dia do trabalho, e as paixões explodem durante a realização de um piquenique ao entardecer. Retrato do american way of life sem perder, contudo, o romantismo, a fascinação pela mise-en-scène, ainda que a agudeza dos diálogos, a aspereza dos conflitos. O elenco é afinadíssimo: além dos citados, Betty Field (a mãe de Kim Novak), Susan Strasberg (sua irmã), Arthur O'Connell, Rosalind Russell (a professora solteirona que tem uma crise ao lado de O'Connell de alta tensão dramática). Mas o trecho escolhido é um dos momentos sublimes de Picnic, quando Holden, ao anoitecer, tira Kim Novak para dançar. Não estarei sendo exagerado ao dizer que é um dos momentos mais belos do cinema. A fotografia é de um artista: James Wong Howe.





quarta-feira, 7 de maio de 2008

O segundo "Operação França"

Quando se pensava numa mera continuação, Operação França II surpreende pela desenvoltura do já calejado John Frankenheimer e, por estabelecer, em plena geografia da ação de um thirller, acentos de natureza existencial. Momentos fortes se revezam com momentos fracos, e Frankenheimer, um diretor de reconhecida capacidade artesanal complementa o que William Friedkin apenas começou em seu já eletrizante Operação França, que abalou o alvorecer dos anos 70 com aquela corrida rítimica, a câmera em permanente tensão nas ruas de Nova York. Neste segundo opus, a ação se localiza em Marselha, França, onde Hackman (Popeye) vai para ver se agarra Fernando Rey, que lhe escapou no primeiro filme. Faço um comentário mais extenso hoje no meu blog (http://setarosblog.blogspot.com).


domingo, 4 de maio de 2008

"Fiorile": beleza e emoção puras

O que dizer de Fiorile, dos fratelli Taviani? Sinceramente acho um filme tão belo que as palavras se escondem. Obra de grande impacto estético, emocional. A beleza em estado puro da mise-en-scène dos Taviani, realizadores personalíssimos. Fiorile tomou no Brasil o título de Aconteceu na primavera. Creio melhor deixá-los com as imagens do filme, ainda que poucas, do que prolongar este comentário cansativo.


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