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sábado, 23 de janeiro de 2010

"Amor na tarde", de Billy Wilder

O que mais dizer de Billy Wilder senão que era um realizador cinematográfico de extrema competência e poesia? Wilder sabia, como poucos cineastas o sabem, concluir seus filmes com impacto, ironia e beleza. Como é o caso deste vídeo aqui colocado, que apresenta o desenlace de Amor na tarde (Love in afternoon, 1957), quando Audrey Hepburn, bela, fina, uma beleza de mulher, apaixonada por Gary Cooper, quase o suplica para que ele a leve no trem. Cooper, homem mais velho do que ela, morreria dois ou três anos depois ainda em plena idade. Love in afternoon mostra como Wilder sabia fazer uma obra cheia e romantismo e, nem por isso, destituída de beleza e encanto (ou, mesmo, por causa disso). Há uma emoção que emana do gesto derradeiro de Cooper, quando cede, afinal, aos apelos da amada. Wilder estava em momento de glória neste período, fins dos anos 50, quando faria, pouco depois, Quanto mais quente melhor (Some like it hot, 1959) e, talvez, a sua obra-prima: Se meu apartamento falasse (1960) e o cáustico, demolidor e envolvente Cupido não tem bandeira (One, two, three, 1961).


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