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sábado, 19 de abril de 2008

Spartacus

É o tal negócio: Spartacus teve para mim um impacto muito forte porque o vi com 11 anos de idade. E ficou no meu imaginário durante toda a adolescência e a juventude. E por que não dizer? Ainda hoje o aprecio com intensidade, embora sem aquela fascinação do pretérito (tenho-o em DVD). Se um jovem, hoje, vê Spartacus, e além do mais, baixado da internet, não pode ter o mesmo impacto, a mesma fascinação. E o cinema evoluiu muito. Spartacus (menino, chamava de Espártaco), para a época, tem lances inovadores, a câmera no chão, os planos médios extremamente compostos, as angulações insólitas, o sentido do espetáculo, a seqüência extraordinária da batalha, que remete, logo, à batalha do gelo de Alexandre Nevsky, que, sem dúvida, Kubrick copiou de Eisenstein. Como este blog é mais afetivo do que crítico, e o bloguista fez por bem ter despedido o crítico para deixar a emoção do cinéfilo aflorar, o fato é que Spartacus ajudou na minha educação sentimental, além de, evidentemente, na minha formação como amante do cinema. Proibido para menores de 14 anos, quase que não entrei, sendo barrado duas vezes até que, na terceira tentativa, consegui ultrapassar a forte barreira da portaria - naquele tempo um filme proibido tinha comissário de menores na porta e o cinema era multado se deixasse entrar alguém com idade inferior a estabelecida pela censura. A minha entrada em Spartacus foi uma glória. Também, posso dizer, que, naquele momento, o cinema entrava, definitivamente, para minha vida.


Um comentário:

Jonga Olivieri disse...

O filme de Kubrick é inesquecível, e uma das grandes realizações históricas de todos os tempos.
Baseado na obra de Howard Fast sobre o gladiador que "balançou" o Império Ronmano.
No início do século XX, revolucionários alemães tendo à frente Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, iniciaram a "Liga Espartacos" dentro do Partido Social Democrata alemão (II Internacional), com o lançamento do jornal "Cartas Espartaquistas", em homenagem a ele.

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