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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Maurice Jarre faz homenagem a David Lean

Passagem para a Índia foi o opus derradeiro de David Lean, um grande narrador clássico do cinema. Maurice Jarre faz, aqui, neste post, uma homenagem a Lean com sua orquestra monumental. Realizador inglês, Lean se especializou em produções caríssimas e longas, a partir de A ponte do rio Kwai. Depois vieram Lawrence da Arábia, Dr. Jivago, A filha de Ryan (belíssimo com a partitura de Jarre enquanto Sarah Miles tenta captar a sua sombrinha que se vai com o vento sob o olhar angustiado de Robert Mitchum). Antes, porém, nos anos 40, já se destacara como diretor de Desencanto (Brief encounter), filme intimista e inventivo (a mulher tagarela no metrô), Oliver Twist, entre outros. E Summertime, um belo filme com Katherine Hepburn como uma americana que vai a Veneza pela primeira vez e, sozinha, acaba por se apaixonar por Rossano Brazzi. Assim como chamei a atenção para a partitura de John Barry em Out of Africa, ainda que não tenha Jarre como um dos meus compositores preferidos, acho que ele acertou em cheio nesta sinfonia que é Passagem para a Índia.


Um comentário:

Jonga Olivieri disse...

Considero "A Ponte do Rio Kwai" (1957) um dos grandes filmes de todos os tempos. Foi um dos primeiros que gravei -- ainda em VHS -- dublado, em sessão da então TVS (hoje SBT). Sua abordagem do orgulho, caracterizado pelo Coronel Nicholson (Alec Guiness), contrariamente à “malandragem” do personagem de William Holden, um soldado ianque que por fazer-se passar por major acaba caindo numa arapuca e tendo que voltar ao campo de concentração do qual havia fugido. Curioso, mas é baseado no romance de um francês: Pierre Boulle "Le pont de la rivière Kwai" de 1952; uma história que aprofunda e disseca as diferenças entre os comportamentos e/ou posturas morais entre o homem ocidental e o oriental.

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