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sábado, 5 de abril de 2008
Trailer de "Blow up", de Antonioni
O título que "Blow up" tomou aqui, no Brasil, nada a ver: "Depois daquele beijo". Michelangelo Antonioni, um dos precursores da 'desdramatização' e do 'domínio da anti-narrativa' no cinema, geômetra cartesiano dos sentimentos humanos, já fizera uma experiência com as cores em "Il deserto rosso", mas é em "Blow up" que elas como que se aprofundam para 'pintar' a 'Swinng London' dos anos 60. Os admiradores de Antonioni, já devidamente 'cauterizados' com seu cinema, surpreenderam-se com "Blow up", porque este autor italiano ainda conseguia assombrar pelo mistério de sua arte. David Hemmings é o fotógrafo que capta um instante num parque e pensa ter descoberto um assassinato, que remete em alusão a "Janela indiscreta" ("Rear window"), do mestre Hitchcock. Pensou-se, na época, que Antonioni somente poderia se repetir a seguir. Mas não foi o que aconteceu, pois, entre outros, deu-nos de presente (em embalagem de luxo artístico) "Zabrinsky point" e "Profissão repórter" ("The passenger", 1975), com Jack Nicholson e a 'tangueira' Maria Schneider. A linguagem cinematográfica, que foi sendo construída durante a primeira metade do século passado, atinge aqui a sua cristalização - e, na mesma época, um outro assombro: "Persona", de Ingmar Bergman.
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Um comentário:
Na minha (singela) opinião, talvez o mais atípico filme do realizador. O que não impede que seja uma obra também magistral.
Mas quem viu a trilogia, sabe que ele nunca chegou a fazer algo tão marcante (para o cinema) quanto aqueles três filmes.
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